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sábado, 17 de agosto de 2013

OS ARQUIVOS SECRETOS DE MUSSOLINI - GABINETE RS-33


OS ARQUIVOS SECRETOS DE MUSSOLINI "GABINETE RS-33"

   LA  STRUTTURA DEL MAJESTIC 12 FASCISTA

La SIAI Marchetti, oggi Agusta, com'è adesso e com'era all'epoca dell'UFO nascosto a Vergiate. Le foto 3 e 4 mostrano rispettivamente il Reparto Montaggio della Marchetti, con gli aerei S.M. 82 in bella mostra, ed il Reparto Volo, con gli S.M. 79.







 











SIAI MARCHETTI, IERI E OGGI La SIAI Marchetti, oggi Agusta, com'è adesso e com'era all'epoca dell'UFO nascosto a Vergiate. Le foto 3 e 4 mostrano rispettivamente il Reparto Montaggio della Marchetti, con gli aerei S.M. 82 in bella mostra, ed il Reparto Volo, con gli S.M. 79.

   







OS DISCOS VOADORES DE MUSSOLINI
As pesquisas sobre arquivos de Mussolini seguem adiante e a cada dia novos elementos confirmam a autenticidade dos documentos, delineando pouco a pouco um quadro cada vez mais completo e intrigante, composto de abafamentos, ações de guerrilha e tramas, tecidos para colocar um véu de silêncio a uma incômoda verdade. Hoje, a mídia de massa, brutalmente censurada nos anos 30, esta emprenhada a uma vingança”moral”, dando amplo espaço a esse vácuo deixado pelo período de 20 anos da época fascista: os registros foram mostrados por Roberto Pinotti no programa Speciale Tgl, dedicado aos UFOs e exibido por um canal Italiano, durante o qual, entre outras coisas, a própria Aeronáutica resolveu abrir seus arquivos.

A coluna Tentazione do jornal italiano Il Giorno dedicou anos atrás uma pagina inteira aos documentos fascistas, uma detalhada investigação levada a cabo pelo jornalista Gabriele Moroni.
Foi o próprio Il Giorno o primeiro a levantar a hipótese, segundo indicações minhas, de que o disco voador recuperado pelos fascistas, na manhã daquele dia 13 de junho de 1933, estivesse escondido nas instalações da base de Siai Marchett, em Vergiate ou Sesto Calende, duas localidades que fazem divisa com a província de Varese. Chegaram a identificar os locais os locais graças a uma série de elementos coincidentes. Em primeiro lugar, o local da aterrissagem devia estar localizado na região milanesa ou na Lombardia. Isso era demonstrado pelo fato dos envelopes Stefani, que se referiam a recuperação do objeto, tivessem partido do Escritório Telegráfico de Milão e não, por exemplo de Roma ou de outra sede jornalística periférica.
A cidade de Vergiate encontra-se na província de Varese, sendo que próximo dali esta localizada Sesto Calende, perto do Rio Ticino, divisa com Novara. Em Sesto Calende e Vergiate, alem da vizinha Santa Anna, a Siai Marchetti tinha suas próprias instalações, onde eram construídos aviões militares. Nessa cidade estavam localizados os escritórios administrativos e em Vergiate as instalações propriamente ditas. Em Santa Anna havia terrenos que mais tarde hospedariam outras instalações. Também em Sesto Calende e em Vergiate estavam as casas de Italo Balbo e Filippo Eredia, seu braço direito, Balbo conforme soubemos por intermédio dos documentos arquivados era um dos comandantes do Gabinete RS-33 e estava em estreito contato com Guglielmo Marconi, como demonstra um artigo publicado nas páginas do Jornal La Será, do dia 15 de julho de 1933, sobre alguns telegramas amigáveis entre os dois personagens. A história oficial nos diz que Italo Balbo era habituado a ir até suas empresas aéreas partindo mesmo de Sesto Calende – ou melhor, pelo campo de vôo da adjacente Vergiate Eredia, responsável pelo escritório meteorológico do Estado, fornecia a Balbo as condições atmosféricas epara os vôos oceânicos.

Após a guerra, esse personagem tornou-se curiosamente uma dos maiores infatigáveis céticos sobre o fenômeno UFO.
Ainda outras indicações levavam as atenções para a região de Varese. Em primeiro lugar, o fato é que, após a recuperação do disco , foi o próprio jornal da cidade, o Cronaca Prealpina, do dia 20 de junho daquele mesmo ano, a dar a noticia com ênfase na existência de formas de vida em Marte, em contato com homens da Terra. Em segundo lugar, o fato de que nos anos imediatamente posteriores ao período pós-guerra continuasse a circular na região o boato de que eram mantidos na cidade de Vergiate os discos voadores terrestres.    
Investiguei pessoalmente o Caso de Tradate, Varese. Em 1950, o operário Bruno Facchini se deparou em um bosque com um disco voador pousado e com seus ocupantes. Como lembrança dessa experiência, Facchini levou sempre consigo sobre o abdômen os efeitos de uma descarga elétrica provocada por um fecho de luz disparado em sua direção pelos extraterrestres, empenhados em realizar sobre os disco um trabalho de soldagem. O que poucos sabem é que quando Facchini se deparou com o artefato, pensou logo se tratar de um protótipo mantido em Vergiate pelos Estados Unidos.
Mesmo os norte-americanos, durante a guerra, bombardearam por cerca de nove meses as instalações Marchetti, de Vergiate, na tentativa de destruir algo a todo custo. Pouparam apenas Sesto Calende, ainda que estivesse localizada próxima a uma estratégica ponte de ferro sobre o Rio Ticino. Talvez, por terem conhecimento do fato de que as referidas instalações repousassem preciosos documentos, os mesmos tivessem decidido manter intacta a cidade de Sesto. Terminada a Guerra nos anos 50, a Força Aérea dos Estados Unidos(USAF)apressou-se em colocar as mãos sobre os estabelecimentos de Vergiate, logo transformados em hangares para manutenção dos aviões norte-americanos.
Outros elementos ainda me forçaram a levar as investigações nessa direção.
Dano causado por raio – Esta dito que nos últimos tempos diversas teorias sobre os arquivos fascistas foram vinculadas em inúmeras publicações, falando em parte da queda, ainda que nos documentos comentasse de um pouso do disco voador em 1933. Aventava-se a hipótese de dano causado por um raio claramente inspirado nos fatos ocorridos em Roswell. Desde o inicio de minhas pesquisas, era suficiente controlar o boletim meteorológico do Observatório de Brera, em Milão, para excluir a priori a hipótese de que naquele dia o céu estava parcialmente encoberto, eventualmente chuvoso. Não havia sinais de temporais. Mas mesmo por esse motivo, saltava aos olhos, como uma mentira mal orquestrada, a noticia de que um misterioso bólido de luz precipitado naquela noite, sobre a pequena estrada que ligava Magenta e Novara, fosse apenas um simples e banal relâmpago.

A única publicação que se arriscava a relatar a noticia com um certo atraso – era o jornal Domenica de Corriere, do dia 9 de Julho daquele ano. Referia-se superficialmente a cinco operários um dos quais feridos gravemente, vitimado por um relâmpago. Não podia ignorara a conexão com o documento RS-33, que impunha sempre uma explicação astronômica a esses fatos. Jamais escrevi antes dessa descoberta, porque eu precisava ter segurança disto[No fundo, nos dias imediatamente precedentes ou sucessivos ao pouso do UFO Hviam sido divulgadas diversas explicações muito convencionais sobre quedas de raios].

Somente há alguns meses pude finalmente ter provas definitivas que eu procurava. Um amigo militar forneceu um mapa da aeronáutica norte-americana que indicava o deslocamento tático dos principais aeroportos italianos nos anos 40. No norte da Itali, a maior concentração era mesmo em torno do território milanês. Era evidente que qualquer engenho que tivesse sido recuperado na região seria ocultado no hangar aeronáutico de confiança mais próximo. Vergiate estava ligada diretamente ao Gabinete RS-33 e não só isso. Graças a uma preciosa colaboração descobri que nos escritórios administrativos de Sesto Calende trabalhava um funcionário chamado Aldo Moretti.
Lembram-se do misterioso caso Morreti, do qual os documentos fascistas diziam que não se podia comentara não ser em particular, dada a delicadeza e a particularidade do ocorrido? Moretti era citado em duas cartas Stefani endereçada a um misterioso Alfredo – imagino que pudesse tratar-se de um dos jornalistas da Anno XIII.”Se me pede um conselho, ei-lo:não digo a ninguém, repito, a ninguém, e isso inclui ao parentes mais próximos, sobre que você viu” aconselhava a carta. Havia também outro Moretti entre os funcionários da Siai Marchetti. Seu nome foi indicado em um boletim satírico editado pela mesma companhia, chamado Zic, referido como “funcionário da D.O”, provavelmente da Direção Operativa. Mas que esse mesmo Moretti devia manter no mais absoluto sigilo? Havia incendiado o hangar que mantinha o disco voador, ou o que restava dele!
Nos arquivos republicanos, o solerte e fiel funcionário era dado como um perigoso guerrilheiro. Os papeis que se referiam a ele, eram, no entanto, muito vagos, quase como se preocupassem cancelar sua identidade para sempre da mesma forma que aconselhavam as cartas emitidas na Stefani. Lapidar era a citação nos documentos da Guarda Nacional Republicana de Sesto Calende, sobre alguns elementos que entraram na clandestinidade, como um certo Morretti e Tiferi, de Sesto Calende. A conversão de Moretti deve ter ocorrido após 1940. Até 06 de setembro daquele ano, Aldo Moretti era ainda um estimado dirigente do regime. Precia estar ligado ao fato de que no mesmo período do Gabinete RS-33 terminasse as investigações sobre UFOs e passasse toda a documentação aos nazistas. Três anos depois, Moretti decidiu-se rebelar-se. O incêndio dos galpões da Siai Marchetti, na cidade de Vergiate é datado como sendo de 17 de março de 1943, mas os danos causados pelo mesmo nós nunca saberemos.
Não é dito, também, na papelada deixada pelo Gabinete RS-3, quanta documentação e materiais fora deixada para as ávidas mãos dos nazistas após 1940.

Não podemos mais estabelecer-se em Vergiate, na época do incêndio, estivesse ainda um disco, ou simples fragmentos do UFO, ou menos do que isto, singelos papéis, fotografias secretas e esboços da aeronave. Provavelmente, esse material foi destruído para sempre, ainda que sempre exista uma esperança que possa haver cópias dos arquivos. Um de nossos colaboradores lembrou de uma mostra de desenhos do pós guerr, realizados antes de 1947, por doentes mentais da Itália. Entre tantos esboços bizarros, alguns deixavam claro tratar-se de discos voadores, desenhados por um “louco’ antes de começar a falar sobre UFOs. Seria o misterioso personagem criador dos desenhos, o mesmo citado nos papeis fascistas como o “caso análogo concluído com recuperação em manicômio?” 
Identificar a região de Sesto e Vergiate os locais do primeiro acobertamento ufológico da idade contemporânea nos força a refletir. Em primeiro lugar, Sesto Calende encontra-se na região de Ticino. Nossos leitores na Itália bem sabem que há tempos imemoriais o “triângulo” que vai de Ticino, na região de Pavia até Novara abrangendo a ponta de Varese, é compreendido como uma região de intensa atividade ufológica. O dossiê relativo a questão é muito volumoso. Seria apenas mais um caso ou os fatos estariam ligados aos eventos ocorridos em 13 de junho de 1933? Uma teoria análoga foi proposta também pelo Projeto Hessdalen, na Noruega, onde fluía intensa ação ufológica nos anos 80. Segundo os estudiosos do projeto, 85% dos UFOs eram luzes avistadas em céu escuro e o restante eram objetos aéreos vistos em céu aberto.
Aviões militares – Mesmo naquela ocasião as repetidas e continuadas aparições ufológicas foram explicadas por alguns como um incidente alienígena. Estamos nos campos da suposição. Sabemos, porém, que nos dias sucessivos a recuperação da vida dos funcionários das localidades envolvidas foi inesperadamente perturbada. Os dirigentes da empresa Macchi, de Varese, outra sociedade empenhada em construir aviões militares, juntamente com a Marchetti, foram substituídos pelo engenheiro Paolo Foresio, então fiel ao regime da época. Em Milão, o comandante da policia Pietro Bruno era removido e substituído pelo comandante de Trieste, Gaetano Laino. No dia 26 do mesmo mês, na presença do excelentíssimo prefeito, oficial Fornaciari, o secretário federal do fascismo, cônsul Erminio Brusa, que evidentemente sabia demais, era transferido e substituído pelo novo secretário federal Rimo Parenti. E não só. Provavelmente a milícia fascista havia rastreado toda a região incriminada “. De outra maneira não poderia ser explicada a inesperada mobilização dos “fidelíssimos” das cidades de Cuggiono, Como e Briansa. Procuravam algo? Ou escondiam algo?
Mesmo lá, a lavagem cerebral era continua, desde as páginas da revista Eva á catolicíssima Alba- que em 16 de julho de 1933 dedicava suas capas as asas italianas – e a revista Lei, que apresentou um trecho sobre as aviadoras. O regime temia a perda de autoridade tanto é que Mussolini em pessoa teve de rebater na primeira página do fidelíssimo quotidiano da época La Será, poucos dias após a aterrissagem, que o Estado Fascista não era somente um guardião noturno que se preocupava  da segurança pessoal dos cidadãos”. Assim, logo naquelas primeiras horas da manhã a polícia secreta fascista havia trabalhada de guardiã noturna, não para a segurança dos cidadão, mas sim, pela salvaguarda de suas próprias instituições. Infelizmente fizeram seu trabalho bem feito. A caça aos documentos é uma tarefa desesperada.

Em primeiro lugar, essa pesquisa é uma luta contra o tempo. As poucas testemunhas que se lembram de algo estão se calando lentamente [recentemente faleceu de câncer no pâncreas, o soldado italiano que colaborou com os serviços secretos ingleses no estudo das fotos dos Foo-Fighters]. Ainda mais dramática é a pesquisa dos memoriais dos membros do Gabinete RS-33. Não é sabido se Mussolini tenha alguma vez falado da comissão ufológica aos seus mais estreitos colaboradores ou as pessoas que estiveram ao seu lado nos seus últimos instantes de vida. Durante 60 anos foi pároco de Madalena cidade de Cagliari, responsável por recolher as últimas confissões de Duce e do qual teria recebido em custódia misteriosos diários de cuja existência continuou negando.
Segredo de Mussolini -  Faleceu na cidade de Bréscia, em 1996, o ultimo partigiano[nome dado ao seguidor de um partido ou partidário, ou mais especificamente, um guerrilheiro que opera dentro das linhas inimigas] que poderia saber alguma coisa, o professor Aldo Gambá, da cidade de Gargnano que após a libertação foi responsável pela policia militar no norte da Itália. Os jornalistas chegaram a Gargnano, vindos de todo o mundo para entrevista-lo sobre as caixas pretas de Mussolini procurou manter a salvo antes de seu fuzilamento. E Gamba respondia: “Não direi nada a ninguém sobre o conteúdo e finalidade daquelas caixas” No entanto quando estava com seus amigos, tocava frequentemente no assunto. Em 29 de abril de 1945 dizia, na qualidade de chefe de policia militar, que fez”com que uma das caixa, contendo o arquivo secreto de Mussolini, fosse seqüestrada e consignada regularmente as autoridades do nascente Estado Republicano”. Talvez graças a isso foi possível descobrir que a Republica Social Italiana possuía um certo Gabinete RS. Existiam ainda outras quatro caixas contendo as escrituras da secretária de Mussolini – confessava Gambá-, duas foram afundadas no lago da Garda. Pra obter uma segura e imediata imersão, foram amarradas a grandes e pesadas pedras. As outras duas, em 18 de abril, em Garganamoforam carregadas sobre um pequeno caminhão com outro material da secretária. No mesmo dia durante a tarde, Mussolini também deixou a cidade de Gargnamo.     
                     
Serviço secreto- As duas caixas foram abandonadas na prefeitura de Milão, onde se desenrolou o ultimo e breve Conselho dos Ministros. Em 29 de abril de, consegui com que uma dessas caixas fosse recuperada. A segunda havia desaparecido. Um lapso. Para o historiador Frederico Pelizzari é necessário levar em consideração que na tarde em 26 de abril o Comitê de Libertação Nacional havia ocupado a prefeitura milanesa, onde no dia 27 havia se instalado Riccardo Lombardi, prefeito da libertação. Com ele, chegaram os patriotas improvisados e guardas de finanças que teriam encontrado as ccaixas já abertas. Os atuais envelopes do Gabinete RS-33 terminaram nas mãos de um partigiano? “Abandonados no local, foram encontrados documentos de Mussolini dos anos 1921,1925,1927,1936, e 1940. Da outra caixa no entanto nem sombra. Aldo Gamba supunha que o material tivesse terminado nas mãos dos serviços secretos norte-americanos ou soviéticos”, afirma Pleizzari.

É, talvez posa ter sido casualidade que após a guerra tanto norte-americanos como soviéticos começaram a construir aeronaves discóides, como AVRO norte americano e o Galonska russo.”                       


LA STRUTTURA DEL MAJESTIC 12 FASCISTA




Guglielmo Marconi, presidente formale Gabinetto RS/33



Benito Mussolini, primo referente del Gabinetto



Italo Balbo, secondo referente Gabinetto RS/33, ala antigermanica



Galeazzo Ciano, secondo referente (antigermanico)



Francesco Severi, matematico, Un. La Sapienza, clan dei professori



Giancarlo Vallauri, elettrotecnico, Pontifica Accademia, clan dei professori



Filippo Bottazzi, biologo, clan dei professori



Gaetano Arturo Crocco, ingegnere, clan dei professori



Dante De Blasi, medico, clan dei professori



Romualdo Pirotta, botanico, clan dei professori



Francesco Giordani, chimico, clan dei professori



L'AMICIZIA DEL FUEHRER CON IL GABINETTO RS/33 Nei suoi scritti Mister X accenna ad una dichiarazione di amicizia del Fuehrer nei confronti delle gerarchie fasciste (leggasi, Gabinetto RS/33) ed acclude al riguardo una velina dell'Ansa fascista, la Stefani. Una ricerca sul quotidiano del PNF, Il Popolo d'Italia del 10-5-38, in prima pagina, conferma la notizia (che Mister X aveva fornito senza data).



cortesia Paolo Fiorino






SI APRONO I DOSSIER ED EMERGONO SCONCERTANTI DOCUMENTI DEL VENTENNIO
Un filmato trafugato dagli archivi dell'Istituto Luce mostra le spedizioni segrete degli esoteristi nazisti in oriente. Ed altro materiale fuoriesce dagli archivi nazisti e fascisti.Berlino, 30 aprile 1945. Le truppe sovietiche comandante da Elena Rhzevskaja sono appena entrate nei sotterranei della Cancelleria del Reich. Cercano Hitler ed invece, al suo posto, trovano i cadaveri di alcuni monaci tibetani, vestiti con le uniformi delle SS. Si scoprirà in seguito che quegli uomini, suicidatisi in nome della fedeltà al fuehrer, facevano parte di un interscambio con le alte autorità tibetane. Anni prima una spedizione di nazisti aveva raggiunto il Tibet. Ufficialmente si diceva cercassero i cavalli tibetani nani, una razza particolarmente resistente al freddo, da utilizzare per la campagna di Russia; in realtà erano alla ricerca del mitico Loto Azzurro, il Santo Graal tibetano, un fiore (o qualcosa d'altro) capace di conferire l'immortalità. Non lo trovarono, ma in ogni caso incontrarono il Dalai Lama e lo convinsero ad abbracciare la fede nello svastica (al maschile). Chiesero ed ottennero di poter portare in patria alcuni monaci maghi, per addestrare nelle arti tibetane i propri medium e sensitivi; in cambio, alcuni nazisti dovettero restare nella lamaseria; uno di questi era un inglese, a nome Cyril Hoskins; prese il nome di Lobsang Rampa ed in seguito, a guerra finita, si inventò una finta biografia che raccontò nel volume "Il terzo occhio".
IL FILMATO SCOMPARSO Le sequenze del filmato scomparso

Questa è la leggenda, ripresa in parte nel libro "Il mattino dei maghi " (Mondadori) da Louis Pauwels e Jacques Bergier. Quanto ci sia di vero, in questa storia, è difficile da stabilirsi. Nelle memorie di Elena Rhzevskaja ("La fine di Hitler"), che abbiamo letto, non si accenna minimamente al ritrovamento dei cadaveri dei tibetani; ma c'è da chiedersi se mai i servizi segreti russi avrebbero permesso, in ultima analisi, la fuoriuscita di una simile notizia. Qualcosa di vero, peraltro, c'è. I nazisti ebbero effettivamente un incontro segreto con le alte autorità tibetane, nonostante le smentite ufficiali. Lo dimostra un cortometraggio, recentemente trafugato, pare, dagli archivi dell'Istituto Luce; è senz'altro autentico, anche se non possiamo metterci la mano sul fuoco.


Le SS si fanno inquadrare solo raramente, ed in maniera non riconoscibile; non vi sono poi scritte o codici del Reich, salvo che nella sigla di chiusura. Il film, infine, ci è stato spedito anonimamente da una persona che sostiene di averne avuto una copia da chi l'ha sottratto dagli archivi storici. "Era fra i dieci titoli riservati dell'Istituto Luce, non ammessi alla pubblica visione", ci scrive l'anonimo mittente. Che ne ha avuto una copia, riversata su videocassetta VHS, dalla bobina originale. Una copia di terza mano è giunta a noi. Si tratta di un video di una ventina di minuti, in bianco e nero e privo di sonoro. Mostra le fasi salienti della spedizione della Ahnenerbe in Tibet e l'incontro con i lama. Il documento è eccezionale, e ve ne mostriamo alcune sequenze in anteprima mondiale!

LA SPADA NELLA ROCCIA

Abbiamo chiesto un parere ad un esperto di esotersimo nazista, il dottor Marco Sbrana di Pisa, del Centro Studi Fenomeni UFO Odissea 2001. "Attorno al nazismo", ci ha risposto, "esiste molta mitologia; ed anche attorno al tema degli UFO nazisti, di cui mi occupo come ufologo. In Italia di questi temi se ne parla appena; nei paesi anglosassoni troppo e spesso a sproposito (esistono addirittura dei fumetti sull'argomento). É sicuramente vero che da noi e in Germania l'argomento sia scottante per il passato dittatoriale di entrambi i Paesi; in Germania questo tipo di ricerca è divenuto appannaggio quasi esclusivo di deliranti gruppi neonazisti. Il non addetto ai lavori è sicuramente portato a pensare che si tratti di bufale colossali; ma ricercatori seri da oltre cinquant'anni stanno cercando di ricostruire un percorso che, senza nulla togliere alla storia tradizionale, aiuterebbe a dare una serie di risposte a molti enigmi.
É dimostrato che Hitler e l'entourage nazista erano fortemente condizionati da visioni esoteriche e mistiche della storia, tanto che, secondo lo scrittore Trevor Ravenscroft , il futuro capo del movimento nazionalsocialista avrebbe capito quale sarebbe stata la sua missione, quando rimase folgorato dalla vista, nel 1909, di un oggetto particolare. L'oggetto in questione è a tutt'oggi conservato nel museo Hofburg di Vienna; la leggenda vuole che sia la lancia che il centurione romano Caio Cassio (passato alla storia con il nome di Longino) ficcò nel costato del Cristo agonizzante sulla croce. Al di là di questo, è comunque certo che, membri influenti del partito nazista quali Rudolph Hess e E. Himmler, erano adepti della società esoterica Thule e di altre meno note, quali la Golden Dawn, certo non meno influenti.
Non stupisce quindi che dal 1937, il movimento nazista abbia sguinzagliato agenti delle SS per tutto il mondo in cerca degli oggetti più leggendari, quali Excalibur, il Santo Graal, l'arca dell'Alleanza (ante Spielberg), il regno di Agarthi ecc...". "Nel 1938", prosegue Sbrana, "furono inviate le truppe dell'Ahnenerbe in Estremo Oriente; una in Tibet alla ricerca delle origini dell'arianesimo (ma vi erano anche altri imprecisati fini esoterici) e una in India, per cercare di carpire i segreti dei testi Veda e delle mitiche Vimana Shatra. Questo sta a dimostrare l'interesse che fin dall'origine il Reich per certe tematiche...".


GLI ATLANTIDI ARIAN IProsegue Sbrana: "In quegli stessi anni in Germania era molto diffusa una dottrina importata dall'Oriente dal docente di geopolitica Karl Haushofer, grande vecchio del nazismo e propugnatore dello spazio vitale; era definita Dottrina Esoterica Segreta. Secondo tale teoria, circa 12.000 anni fa sarebbe esistita una civiltà superiore ariana, gli Atlantidi, poi distrutta da un immane cataclisma, di cui si accenna in tutte le più antiche religioni (il diluvio universale della Bibbia). I pochi superstiti erano divenuti i padri delle nuove civiltà successivamente affermatesi; gli antichi ariani avevano però lasciato in giro per il mondo le tracce della loro antica tecnologia. Non stupisce quindi che scienziati messi al bando dal mondo accademico, e propugnatori delle teorie più estreme, fossero accolti con grande favore e dotati di abbondanti mezzi di ricerca dal regime nazista, che cercava sempre nuovi armi da guerra.

ED ARRIVANO I DISCHI VOLANTI


"Accadde anche con i dischi volanti terrestri", prosegue Sbrana. "Fu nei primi anni della guerra che cominciarono a fiorirono gli studi sugli aerei discoidali, le V-7; nel 1938 e '39 erano in corso avanzati studi su aeroplani di forma circolare e sulla levitazione degli oggetti. La denominazione V-7 ha finito con il tempo per divenire sinonimo di disco volante nazista, in realtà questo è improprio, perché nella nomenclatura originale indicava solo alcuni progetti dalle caratteristiche ben determinate, chiamate anche in gergo Ruote Volanti. Gli altri dischi avevano invece nomi altisonanti legati alla mitologia nordica, quali Vril, Haunebu ecc... I prototipi delle V-7 vere e proprie si rifacevano agli studi del prof. Shauberger, circa apparecchi volanti dotati di ugelli orientabili che producevano quello che venne denominato effetto Coanda, in grado di rendere possibile la salita verticale del disco".
E nel frattempo altro materiale esce dagli archivi segreti, questa volta da quelli fascisti. "Abbiamo dimostrato senza ombra di dubbio e grazie alla perizia di un consulente del tribunale di Como, il professor Antonio Garavaglia, che i files fascisti sono autentici, dell'epoca", ci racconta il nostro Alfredo Lissoni. "La perizia è stata effettuata su degli originali, inviati all'ufologo Roberto Pinotti, e riferiti al sorvolo di Venezia nel '36 di un sigaro da cui uscivano due ordigni volanti a forma di Saturno. Le analisi chimiche di carta, inchiostro e di impressione dell'inchiostro su carta hanno dato una data ben precisa: 1936! Dunque è confermato che i fascisti conoscessero il fenomeno UFO molti anni prima della sua nascita ufficiale. Inoltre ho condotto molte ricerche d'archivio ed alla fine ho rinvenuto due dossier dell'epoca, dalla dicitura inequivocabile "Aeroplani sospetti - Segnalazioni 1931 -1933 - 1934 - 1935" (ma si arrivava sino al 1938!). Erano tutti documenti originali, segnalazioni della polizia, dei Fasci o delle Forze Armate alla Prefettura; riguardavano in larga parte aerei spia, di contrabbandieri o anche normale traffico aereo, ma c'erano anche "velivoli sconosciuti" (tali venivano definiti) dalle prestazioni identiche a quelle degli UFO (dizione che all'epoca ovviamente non esisteva). Una fetta considerevole di queste segnalazioni, a differenza di quanto comunemente accadeva per il traffico convenzionale, veniva segnalata "alla Regia Prefettura - per Intelligenza Milano", cioè ai servizi segreti. Ho scoperto così che a Milano esisteva una rete ben precisa per seguire e intercettare questi ordigni (analoga al successivo Project Twinkle americano, del 1947); ne facevano parte gli Uffici della polizia di Cinisello, Arena di Milano, il Comando Difesa, gli aeroporti di Taliedo (centro radiotelegrafico) e Bresso, gli Uffici di Piazza Napoli e Ghisolfa, la Questura. Talvolta i telegrammi venivano girati anche al Centro di Raccolta Notizie del Viminale a Roma. Cosa dicevano? Facciamo alcuni esempi: 24 luglio del '34 - Precedenza assoluta su tutte le precedenze - Allarme aereo - Comando aeroporto presso prefetti Lombardia - Centro raccolta notizie Viminale Roma. Sondrio segnalava l'avvistamento di un 'velivolo non potuto identificare', a quota altissima, apparso sopra la città alle 8.55; allertati Arena, Bresso, Taliedo e Questura. Altro caso: 5 aprile 1934, telegramma urgente da Genova. Il semaforo di Portofino segnalava alle 16.15, sulla rotta aerea di Genova, tre ordigni sconosciuti diretti a nordovest. Un minuto dopo uno spariva; gli altri due erano avvistati sopra la città. 3 giugno del '33: la camicia nera Agosti invia un fonogramma dal posto di osservazione Solferino chiedendo l'allarme aereo. 8 luglio 1933; sono le 10.55 e due 'velivoli sconosciuti', che si differenziano dai comuni aerei perché invertono di botto la rotta, sorvolano Valona. Il 17 agosto 1933 il console Pagani avvisa del sorvolo di un ordigno, su Milano. 'Per misure precauzionali ho fatto alzare la pattuglia di allarme', conclude il fonogramma. Non possiamo affatto escludere che in molti di questi casi gli ordigni avvistati altro non fossero che i moderni UFO...".


MARCONI, QUESTO SCONOSCIUTO


Secondo i files fascisti, fu Marconi il capo del Gabinetto che studiò i dischi volanti sotto Mussolini. Ma vi sono altri aspetti inediti del grande scienziato. Uno studioso italiano, il dottor Lodovico Gualandi, si batte da anni per divulgare inedite informazioni ma, come spesso avviene con gli studiosi controcorrente, viene continuamente boicottato e censurato (ma non da noi).
Ecco il suo pensiero: non è assolutamente vero che Guglielmo Marconi abbia offerto la sua invenzione in prima istanza al Ministro delle Poste e Telegrafi di Roma e che questi l'avrebbe poi rifiutata considerandola la proposta di un giovane visionario. A quel ministro è sempre stata attribuita una colpa che, nella realtà, egli non si è mai sognato di "Nessuno", sottolinea Gualandi, "può contestare quello che Marconi seppe realizzare in Inghilterra e in America nel campo delle radiocomunicazioni, ma da quello che si legge nei testi di storia della scienza e nelle enciclopedie, a Marconi vengono sistematicamente negate l'originalità e la rilevanza scientifica delle prime invenzioni. La falsa opinione che Marconi non avesse inventato altro che già non si conoscesse nacque negli ambienti scientifici bolognesi che in seguito non ebbero più la possibilità di conoscere quei documenti che provavano inconfutabilmente l'originalità e la rilevanza scientifica delle sue prime invenzioni e scoperte'', documenti che in questi anni di ricerca Gualandi è riuscito a esaminare e in parte a pubblicare. ''Gli storici inglesi e americani hanno sempre creduto di poter attingere dalla letteratura ufficiale italiana le notizie sull'opera svolta da Marconi nel 1895, a Villa Griffone di Pontecchio, ignorando che in Italia, fino al 22 dicembre 1896, nessuno sapeva chi era e cosa avesse realmente inventato e scoperto Marconi. Di quel periodo, scrigno della verità storica, è infatti necessario ricostruire tutto, una azione che può essere resa possibile esclusivamente dallo studio attento e dettagliato della bibliografia fondamentale'', così come il ricercatore ha fatto dal 1974 in poi. L'ultima scoperta di Gualandi riguarda le famose lastre metalliche trovate nel '39 a Villa Griffone su segnalazione dell'anziano colono Antonio Marchi, e ritenute finora "la prima presa di terra" di Marconi, mentre in realtà farebbero parte di un poderoso e originale accumulatore elettrico, realizzato da Marconi per il suo sistema di telegrafia senza fili.

FONTE DE PESQUISA: REVISTA UFO ESPECIAL NUMERO 39 EDITORA MYTHOS
TEXTO DE ALFREDO LISSONI - Revista das Conspirações

Reeditado por ideiaquilvicenda

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A MAÇONARIA E O GOLPE DE ESTADO DE 1964 (A PARTICIPAÇÃO DO GENERAL VERNON WALTERS)



Quem está à direita de Colbery na foto é seu então adjunto e vice-diretor da CIA, general Vernon Walter , em parte premiado com esse cargo pelos bons serviços prestados em favor do sucesso em 1964 do golpe militar que pôs fim à democracia no Brasil (ele conseguiu também instalar como primeiro dos cinco presidentes dos 20 anos de ditadura, o amigo Humberto de Alencar Castello Branco). 
Os demais são (não nesta ordem) o secretário-executivo do USIB, representantes dos departamentos de Estado, do Tesouro, do FBI (Justiça), da AEC (Comissão de Energia Atômica), da DIA, da NSA e da Inteligência do Exército, Marinha e Força Aérea.



                                                O "BRUXO" GOLBERY

A MAÇONARIA E O GOLPE DE ESTADO DE 1964 (A PARTICIPAÇÃO DO GENERAL VERNON WALTERS)

Muitos foram os chamados maçons livres que durante a implantação e no transcorrer da ditadura militar no Brasil, criticaram abertamente e desafiaram a instituição da qual faziam parte, como punição a Ordem Maçônica então comandada por Golbery (General). Gobery da lhes reservou o expurgo um lugar entre os denunciados ao governo ditatorial.


Na maioria dos casos, quando ocorre um processo de ruptura institucional, levado a cabo pelas elites e não pelo povo, cujos mentores do golpe ou são membros dessas organizações (secretas), ou participam diretamente ou apoiam as tentativas das classes dominadas de implementar mudanças na sociedade. Mas, não raros os casos, essas rupturas verticalizadas de cima para baixo, o que não caracteriza uma "revolução" e sim um 'golpe' e tendem para uma "ditadura" civil ou militar situada à direita da sociedade. Embora a maioria o seja, nem todos os membros dessas entidades são da elite ( ricos e com poder), e nesse ínterim ao perceber que a classe dominante, a burguesia, a elite é que esta a frente de tais conspirações, esses membros ao verificar e sentir na própria pele a reação dos que fomentam os 'golpes de estado', rompem com a hierarquia, e passam a denunciar tais ações que geralmente (caso do Brasil) são conservacionistas, contra revolucionários, ou seja contra mudanças na sociedade, assim ,os mesmos que apoiaram tal golpe, acabam sublevando a própria ordem interna dessas entidades, passando do apoio à critica. as ações de força e volêmica contra a sociedade civil e o estado democraticamente estabelecido. De forma que todos os ditadores num primeiro momento se apoiaram na Maçonaria e entidades afins para golpear as sociedades, (Hitler, Tito, Mussolini, etc) Durante o século o estado feudal e o absolutismo,, ser um Maçom o equivalente moderno a ser um “campeão da democracia”. Assim uma instituição que no decorrer dos séculos prestou inestimável função social, também corroborou com a implantação e manutenção de estados totalitários, como o do golpe de estado de 1964 no Brasil.
Incluem-se na denominação maçônica as associações que levam esse nome e outras que professam os mesmos dogmas assim como demais 'clubes de serviços' que se organizam e agem de formas semelhante, apoiando-se na ideia de secretismo...





O mais hábil e preparado, teórica e politicamente, dos agentes sócio – políticos era o Coronel Golbery Couto de Silva. Partia como filosofia central o afloramento na população brasileira do sentimento de nacionalismo, Golbery, que era maçom utilizava argumentos fortes sem deixar em aberto a possibilidade de reflexão. Valia-se do argumento lealdade para a manipulação ante o nacionalismo; e, dessa maneira, com o auxilio em peso da mídia, a construção ideológica foi configurada, alegando a existência do perigo comunista e dos problemas que o presidente da República – João Goulart – estava por instaurar. O caos passou a existir, porem somente na cabeça da população.











O golpe começa dia 31 de março de 1964 em Juiz de Fora e se espalha com a adesão de varias tropas ao movimento. A revolução foi aprovada as duas da manhã dos dia 2 de abril. Ás 3h45 min, Mazzilli afinal foi empossado. Logo em seguida, desembarcavam tropas de elite para garanti-lo no poder. O golpe estava consumado.





Isso, porem, não exclui a existência de maçons que eram contra as atuações militares.Foram em grande número os que tiveram de se abster de questionamentos, indagações e afins dentro das lojas. Aos que abertamente desafiaram a instituição, a Ordem Maçônica reservou o expurgo e um lugar entre os denunciados ao governo ditatorial.




A Maçonaria por todo o período do feudalismo, assim como durante o absolutismo,  e nas repúblicas modernas, é sempre considerada pelos estudiosos, principalmente os que seguem os princípios dos intelectuais  e filófofos iluministas do período do renascimento cultural, como a (elite orgânica) representante da sociedade civil no poder estabelecido, seja ele um 'feudo', uma monarquia (reinado) ou  república. Sendo considerada por eles um bastião da liberdade política e da dignidade do ser humano. Assim, para eles, ser um Maçom era  equivalente a ser um “campeão da democracia”.

                 DREIFUSS, René Armand. 1964: A CONQUISTA DO ESTADO


Em críticas condições calcadas na crise político – econômica e colapso do regime, a “elite orgânica” encontra um contexto propicio para sua atuação. Essa doutrina leva o Brasil a romper relações com Cuba (1964) e apoiar militarmente a intervenção americana, reafirmando a aliança que subordinava o Brasil a Washington. Articulando todo o contexto que foi criado pelos agentes, o qual continha membros de uma burguesia nacional e internacional, o Brasil, pós - golpe, passa a possuir um novo sistema nervoso central, o qual beneficiava “elites” brasileiras e estrangeiras. Esse grupo era formado por pessoas que ocupavam cargo de alto teor em multinacionais, continha tecno – empresários, nos aparelhos de políticos e burocráticos do Estado, era um instrumento de extremo valor para o estabelecimento e desenvolvimento de um complexo financeiro e industrial integrado de produção e domínio. Formavam um bloco econômico burguês moderno – conservador, a “elite orgânica” Tornaram-se centrais para o bloqueio das forças populares na década de 60 e articuladores – chave para a conquista do Estado na representação do próprio grupo de conveniência. 








A maioria dos maçons apoiou inicialmente o golpe militar de 1964, por suposta consciência de que parte da população tinha que o estado político do Brasil que era de 'caos'. Cabe saber que esse "caos" foi um discurso criado pela classe dominante (elite orgânica), visando uma nova 'Doutrina de Segurança Nacional'. Por meio deste, estimulou-se a formação continua dos agentes sócio - políticos que a partir de então incumbem-se de engendrar o caos econômico político social – que não existia – só na cabeça de parcela da população. Foi uma manipulação ideológica para dar abertura a realização do golpe com apoio populacional. Nesta fase de argumentações, optou-se por abordar “a concretização da elite orgânica” devido a sua extrema importância. A “elite orgânica”, ou seja, associados que formaram um contexto político – militares, intelectuais orgânicos de interesses econômicos multinacionais – era representada, principalmente pelo IPES (centro estratégico, voltado para algo mais secreto) e pelo IBAD(unidade tática um pouco mais aberta se comparada com o primeiro). A “elite orgânica” possuía muitos maçons em seus quadros e tinha como objetivo agir contra o governo nacional reformista de João Goulart e apresentava em, sua base, estudos técnico – empresariais com fundamentações políticas liberais, portanto eram contra as reformas propostas pelo presidente. A elite orgânica passou a existir no Rio de Janeiro e em São Paulo, efetivamente, em 29 de novembro de 1961, na renúncia de Jânio Quadros, tornando-se ma rede nacional de militantes grupos de ação de diferentes backgrounds ideológicos. A elite unia-se por suas relações econômicas multinacionais e associadas, pelo posicionamento anticomunista e pela ambição de readequar e reformar o Estado. 

Foi recebida fervorosamente pela mídia, assim como por figuras políticas eclesiásticas e intelectuais. Rapidamente se expandiu em diversos pólos do Brasil. A evidencia de atuação dos interesses multinacionais e associados foi o estabelecimento de uma supremacia sobre o bloco populista oligárquico – industrial no poder; e contiveram as classes trabalhadoras, que naquele momento eram emergentes. No lado encoberto dos IPES e IBAD estava uma sofisticada e multifacetária campanha política ideológica militar. Tinham o poder da manipulação de opinião e da guerra psicológica, calcada em operações secretas, ou ao menos discretas aos olhos de alguns. Nos IPES/IBAD, a elite orgânica se constituía em um poderoso aparelho de classe, era capaz de exercer ações estrategicamente planejadas e manobras táticas através de uma campanha elaborada que, vitoriosamente, opunha seu organizado poder de classe ao poder de Estado do bloco histórico populista e a impaciente formação militante das classes trabalhadoras. Partindo dessas considerações, fica evidente o relevante intermédio dos especializados grupos de ação, e ouso de todos os meios disponíveis. É através disso que o complexo IPES/IBAD conseguia estabelecer a presença política, ideológica e militar do bloco de poder multinacional e associado em toda relevante área social de conflitos de disputa. É curioso observar atuação da “elite orgânica”: ela possuía um aparelho de classe capaz de desenvolver operações de natureza pública, bem como atividades vedadas ao alcance público. Conduziu atividades especificas, notórias e encobertas, táticas e estratégias que tinham por objetivo conter forças populares, desagregar o bloco histórico populista e levar os interesses multinacionais e associados ao governo político através de um golpe de Estado civil – militar.

Em críticas condições calcadas na crise político – econômica e colapso do regime, a “elite orgânica” encontra um contexto propicio para sua atuação. Essa doutrina leva o Brasil a romper relações com Cuba (1964) e apoiar militarmente a intervenção americana, reafirmando a aliança que subordinava o Brasil a Washington. Articulando todo o contexto que foi criado pelos agentes, o qual continha membros de uma burguesia nacional e internacional, o Brasil, pós - golpe, passa a possuir um novo sistema nervoso central, o qual beneficiava “elites” brasileiras e estrangeiras. Esse grupo era formado por pessoas que ocupavam cargo de alto teor em multinacionais, continha tecno – empresários, nos aparelhos de políticos e burocráticos do Estado, era um instrumento de extremo valor para o estabelecimento e desenvolvimento de um complexo financeiro e industrial integrado de produção e domínio. Formavam um bloco econômico burguês moderno – conservador, a “elite orgânica” Tornaram-se centrais para o bloqueio das forças populares na década de 60 e articuladores – chave para a conquista do Estado na representação do próprio grupo de conveniência. O mais hábil e preparado, teórica e politicamente, dos agentes sócio – políticos era o Coronel Golbery Couto de Silva. Partia como filosofia central o afloramento na população brasileira do sentimento de nacionalismo, Golbery, que era maçom utilizava argumentos fortes sem deixar em aberto a possibilidade de reflexão. Valia-se do argumento lealdade para a manipulação ante o nacionalismo; e, dessa maneira, com o auxilio em peso da mídia, a construção ideológica foi configurada, alegando a existência do perigo comunista e dos problemas que o presidente da República – João Goulart – estava por instaurar. O caos passou a existir, porem somente na cabeça da população. 

Dentro deste parâmetro, na mente da sociedade o país estava caótico e precisava de ordem, e essa era aparentemente a proposta dos militares. A Maçonaria juntamente com os militares, expurga os radicais de esquerda. No governo de Ernesto Geisel, no dia 15 de maio de 1974, o próprio Grão – Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil sendo senador e do partido situacionista, leu um oficio em que o Grande Oriente reafirmava o seu apoio ao regime de governo que se havia instalado em 1964. “(CASTELLANI, 2001, p156). Mas o “povo” maçônico já não condizia em sua maioria ao apoio aos governantes vigentes. Portanto, pode-se afirmar que a Maçonaria como instituição esteve ao lado das atuações militares, do governo instituído pós-golpe de 1964. Isso, porem, não exclui a existência de maçons que eram contra as atuações militares.Foram em grande número os que tiveram de se abster de questionamentos, indagações e afins dentro das lojas. Aos que abertamente desafiaram a instituição, a Ordem Maçônica reservou o expurgo e um lugar entre os denunciados ao governo ditatorial. O golpe começa dia 31 de março de 1964 em Juiz de Fora e se espalha com a adesão de varias tropas ao movimento. A revolução foi aprovada as duas da manhã dos dia 2 de abril. Ás 3h45 min, Mazzilli afinal foi empossado. Logo em seguida, desembarcavam tropas de elite para garanti-lo no poder. O golpe estava consumado. Um dos primeiros atos de Ranieri Mazzilli, dos comandantes Artur da Costa e Silva, Francisco Correia e Mello e Augusto Rademaker foi a implantação do AI-1(ato institucional n 1) Assim é eleito Humberto de Alencar Castello Branco para o cargo de presidente da República. Seu governo dura até 1967, quando assume o poder Artur da Costa e Silva, substituído por Médici, posteriormente por Ernesto Geisel em 1974 e, finalmente por João Batista Figueiredo em 1978. 
Poucas pessoas tiveram coragem de se opor a ditadura, pois uma oposição seria um convite para perseguições e ameaças e cassações, as oposições foram usadas para manipulações da situação.

(1964, de Dreifuss, é a obra mais completa para compreender o golpe militar no Brasil.)

Alexandre Barbosa * 

Este texto faz uma análise e resumo da obra DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação Política, Poder e Golpe de Classe, Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 1981.

Contextualização:


Autor:
René Armand Dreifuss – uruguaio, formado em Ciências Políticas e História pela Universidade de Haifa, Israel. Em 74, obteve o mestrado em Política na Leeds University, na Grã-Bretanha. Em 80, obteve o PhD em Ciência Política na Universidade de Glasgow, também na Grã-Bretanha. Desta pesquisa resultou o livro. No Brasil, realizou pesquisas sobre Forças Armadas, empresariado, formação de diretrizes e sistema de poder no Brasil. Na data de publicação do livro tinha 36 anos. A edição brasileira teve tradução pelo Laboratório de Tradução da Faculdade de Letras da UFMG.

Condições de produção:

O livro é resultado de uma pesquisa realizada entre 76 e 80 para a tese de doutorado na Universidade de Glasgow, Inglaterra. O interessante é que o autor aborda um tema (o golpe de 64 que instalou o regime militar no Brasil) ainda presente durante a produção. No entanto, Dreifuss teve acesso a importante e farta documentação sobre fatos e personagens ligados ao golpe militar. 

No período de produção a intelectualidade brasileira estava impossibilitada de estudar a Ditadura por diversos motivos: exílio; mortes e prisões; censura e (pré) conceitos formados pelos anos de luta.

Interpretação de Michel de Certeau: Dreiffuss está presente na sociedade à qual se refere a problemática. No entanto, seu trabalho não está comprometido pelo acesso aos documentos. O objetivo central foi identificar as forças sociais que emergiram na sociedade brasileira com o processo de industrialização e internacionalização da Economia e que desempenharam uma forte intervenção no Estado e na sociedade. 

Além de dar “nome aos bois”, a pesquisa mostra o papel das diferentes forças sociais que correspondem a valores, objetivos e estratégias de atuação no cenário político. Ele mostra as formas concretas pelas quais a elite orgânica fez prevalecer seus interesses.

Interpretação Gramsciana:

O autor usa Gramsci para interpretar os acontecimentos. (Pág.105). “De acordo com Gramsci, em situações históricas críticas, o elemento decisivo é o poder de classe organizado em formas civis e militares. Tal poder de classe é predisposto para a eventualidade de um período crítico, permitindo que ele avance quando a situação for considerada favorável e necessária. Uma situação é favorável desde que existam tais agentes de domínio de Estado e de ação de classe e que esses sejam minuciosamente preparados. É nesse sentido que se pode entender o Estado como uma construção de classe resultante de um processo no qual valores específicos de classe tornam-se normas sociais, organizações de classe políticas e ideológicas tornam-se autoridade e força orgânicas de Estado, e é nesse sentido que se pode falar de um classe ‘vir a ser’ Estado.” (...) “Com a formação do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), como uma organização político-militar, a elite orgânica dos interesses multinacionais e associados alcançava o que Gramsci chamava de ‘a fase mais genuinamente política’, quando ‘ideologias previamente desenvolvidas se tornavam partido’. (...) Quando os canais político-partidários e administrativos não obtiveram (total) êxito em atingir as reformas necessárias prenunciadas pelo bloco modernizante-consevador, e quando os interesses multinacionais e associados notaram as dificuldades crescentes em se conseguir conter a massa popular dentro do sistema populista, o bloco de poder emergente ter de recorrer a outros meios”.

Principais pontos:

O livro é denso de informações. A cada parágrafo são construídas afirmações sobre a formação do Estado brasileiro. Essas características foram se conjugando até formar o cenário que resultou no golpe de 31 de março de 64. 

• Surgimento da burguesia nacional – “A burguesia emergente (décadas de 20 e 30) não destruiu, nem política nem economicamente, as antigas classes agrárias para impor sua presença no Estado, pelo contrário, aceitou em grande parte os valores da elite rural.

• “O Estado Novo (1937) garantiu a supremacia econômica da burguesia industrial e moldou as bases de um bloco histórico burguês, concentrando as energias nacionais e mobilizando recursos legitimados por noções militares de orem nacional de progresso (...) e a intervenção do aparelho burocrático-militar na vida política, assegurava a coesão do sistema”.

• Leis trabalhistas: “em nome da defesa da ‘paz social’, o Estado Novo intervinha na ‘regulamentação da força de trabalho através da promulgação de ‘leis trabalhistas’, cumprindo assim um quesito básico no processo de acumulação. O estabelecimento de um salário mínimo em 1939 permitiu um nivelamento pelo grau mais baixo possível (subsistência)”. Efeitos: cooptação da classe trabalhadora e cálculo econômico que não incorpora o aumento de produtividade. O descontentamento popular era esvaziado e as lideranças eram absorvidas pela burocratização das demandas por meio de instrumentos da repressão pacífica, como os fornecidos pelo Estado patrimonial.

• Burguesia “nacional” x burguesia “entreguista”: pela ótica do PCB havia 2 burguesias: uma considerada entreguista, diretamente ligada ao capital transnacional e outra, nacionalista, oposta à ação de interesses estrangeiros. Essa burguesia nacional era procurada como “aliada” pelo PCB. Na verdade, a motivação da burguesia era uma só: acumulação de capital.

• Campanha de 45: estreitamento dos laços entre oficiais do Exército brasileiro e americanos.

• Governo Dutra: apoiado pelo bloco de poder oligárquico-empresarial. Fiesp e Ciesp se engajaram no apaziguamento das demandas dos trabalhadores. Criação do SESI com o objetivo de combater o reaparecimento de organizações autônomas entre as classes trabalhadoras e de construir n seio do operariado urbano uma base ideológica de comportamento político em consonância com a sociedade industrial capitalista. (* Nota: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas. Mas jamais vão deter a Primavera – Che Guevara: greves de 78 e eleição do Lula em 2002).

• UDN/PSD: na UDN estava a centro-direita, conjunto de anticomunistas, antinacionalistas, formados pela classe média, profissionais liberais e empresário. O PSD era formado por industriais de São Paulo e chefes oligárquicos regonais (coronéis).

• Segundo governo de Vargas: o Congresso tornou-se mais forte e politicamente mais importante. Era o lugar onde as diferentes frações das classes dominantes compartilhavam o governo. Era uma instituição regulada por conciliações e alianças. Apesar da supremacia industrial-financeira, a proeminência econômica dos empresários não se traduzia em hegemonia nacional política e ideológica. O general café ainda estava no poder. Os interesses rurais permaneciam economicamente poderosos.

• Petrobrás: tentativa de Getúlio de impor uma política nacionalista de desenvolvimento capitalista. Os empresários temiam uma forma de desenvolvimento nacionalista liderada pelo Estado. 

• Suicídio de Vargas: vitória dos interesses multinacionais que reingressaram na economia brasileira.

• Governo JK: aliança PSD/PTB – coligação de forças sociais baseada na expansão da indústria no Brasil. Incorporava a burguesia industrial, um setor da burguesia comercial especializado no comércio de produtos industriais locais, profissionais liberais e administradores, políticos urbanos e sindicalistas.

• Jango, o vice: herdeiro de Vargas, campanha com programa estatizante, nacionalista e aberto a reformas.

• Política de desenvolvimento de JK: as indústrias automobilística, de construção naval, produtos químicos, farmacêuticos, maquinaria, produtos elétricos e celulose foram a matriz da formação de uma burguesia associada ao capital estrangeiro. O acesso à tecnologia e técnicas gerenciais estrangeiras e à ajuda financeira transnacional seria a solução para a falta de acumulação primitiva de capital e também tratamento de choque para uma economia ainda agro-exportadora.

• Conseqüências da política de desenvolvimento: maior sofisticação do mercado interno, crescimento das empresas, expansão das indústrias básicas, tendência para urbanização e crescimento das desigualdades sociais e regionais.

• Congresso: oposição ao Executivo pela presença do clientelismo, de interesses tradicionais e da oligarquia rural. No Congresso também era o foro para a denúncia da penetração multinacional e, ao mesmo tempo, era onde as classes trabalhadoras se manifestavam e controlavam o Executivo.

• Administração Paralela: para implantar o plano de metas foi criada uma gama de organismos de planejamento e consultoria e comissões de trabalho, composta por diretores de empresas privadas, técnicos e oficiais militares. Essa administração paralela permitia que os interesses multinacionais e associados ignorassem os canais tradicionais de diretrizes políticas e tomadas de decisão. Ela favorecia ou bloqueava a ajuda financeira a diferentes grupos e organizações. Mas como a eficiência dessa administração paralela defindia da atitude positiva do Executivo, tornava-se necessário que os interesses multinacionais e associados conseguissem o comando do Estado e ocupasse os postos burocráticos na administração.

• Capital transnacional: controlava o processo de expansão capitalista. Militares e empresários tinham como bandeira de luta a posse privada dos meios de produção.

• Repressão: foi no Governo JK que o aparelho repressivo do Estado se desenvolveu e ocorreu a crucial mudança ideológica das Forças Armadas, passando da defesa do território nacional para uma estratégia de contra-insurreição e hostilidade internas.

• Classes trabalhadoras: crescimento da consciência coletiva dos trabalhadores proporcionado pelo desenvolvimento industrial. Fortalecimento das Ligas Camponesas, mobilizando as massas trabalhadoras rurais.

• Início da década de 60: debate entre as classes trabalhadoras urbanas e rurais cada vez mais incontroláveis e os interesses multinacionais e associados. Para evitar os controles do Congresso e a pressão popular, estes interesses multinacionais estimularam a criação de uma administração paralela para os representar. Os interesses foram endossados pela Escola Superior de Guerra.

• Renúncia de Jânio Quadros: tentativa frustrada de manobra “bonapartista civil” para tentar resolver as contradições entre a classe trabalhadora que fazia do Congresso uma plataforma cada vez mais eficiente para expressão de seu interesse em oposição direta ao bloco oligárquico industrial e contra interesses multinacionais.

• Governo João Goulart: Jango liderava um bloco nacional-reformista, uma situação totalmente desfavorável ao bloco multinacional e associado que lançou uma engenhosa e bem arquitetada campanha para conseguir um novo arranjo político que expressasse seus interesses então bloqueados.

• Campanha para o golpe de 64: englobou a maioria das classes dominantes, incluindo a burguesia “nacional”, da qual muitos, inclusive o PCB, esperava um comportamento nacionalista e reformista. Contrariando tal expectativa a burguesia “nacional” assistiu passivamente e até mesmo apoiou a queda de Jango, condenando a alternativa nacionalista. A burguesia, a despeito de sua própria posição, ajudou a ancorar firmemente o Estado brasileiro à estratégia global das corporações multinacionais. “É interessante notar que companhias participantes da Adela Investimentos Co. estavam a frente da campanha contra o governo Jango.

• ADELA – Atlantic Comnunity Development Group for Latin America – grupo multibilionário formado em 62, encabeçado pelos vice-presidentes dos grupos Rockfeller, Fiat. Reunia cerca de 240 cias. Industriais e bancos.

• O capital monopolítico transnacional tormou um novo bloco de poder baseado não somente em seu volume, grau de concentração e integração de capital, mas também na qualidade de sua administração e organização política, bem como na sua infra-estrutura oligopolista.

• Ao assumir a liderança dos principais setores da economia, o bloco multinacional e associado organizou grupos de pressão e federações de classe, escritórios técnicos e anéis burocrático-empresariais, com o objetivo de conseguir que seus interesses tivessem expressão no governo. Somente lhe serviria um regime “técnico”, com uma tônica autoritária, em razão das fortes demandas que o capital transnacional faria sobre as classes trabalhadoras e os interesses tradicionais.

• Os interesses multinacionais e associados consideraram outras formas de representação de interesses além do controle da administração paralela ou do uso de lobbying sobre o Executivo. Eles desejavam compartilhar do governo político e moldar a opinião pública , assim o fazendo através da criação de grupos de ação política e ideológica. O primeiro desses grupos a ter notoriedade nacional em fins da década de 50 foi o IBAD – Instituto Brasileiro de Ação Democrática.

• O complexo IPES/IBAD – nele, a elite orgânica se constituía em um poderoso aparelho de classe e, como tal, era capaz de exercer ações estrategicamente planejadas e manobras táticas por meio de uma campanha cuidadosa e elaborada que, vitoriosamente, opunha seu organizado poder de classe ao poder do Estado do bloco histórico populista e à incipiente formação militante das classes trabalhadoras.

Resultados – apesar de sua rica ação política nos vários setores de opinião pública e de suas tentativas de reunir as classes dominantes sob seu comando o IPES/IBAD foi incapaz de impor-se na sociedade por consenso. Mas obteve êxito por meio de sua campanha ideológica e política de esvaziar o apoio ao Executivo e foi capaz de estimular uma reação generalizada contra o bloco que estava no poder.

• No ME – o IPES/IBAD estimulou a formação de organizações e grupos paramilitares de direita, mas não deteve as tendências de esquerda na UNE.

• Nos trabalhadores da cidade e do campo - estimulou organizações e sindicatos de direita existentes e criou novos grupos úteis à campanha para adiar a solidariedade e consciência de classe. Mas não bloqueou a constituição de organizações nacionais esquerdistas.

• No campo eleitoral, elegeu grande número de políticos conservadores de centro-direita na Câmara, Senado e nos governos estaduais. Mas não conseguiu impedir a formação de um bloco nacional-reformista que foi ceifado no golpe de 31 de março.

• Os maiores sucessos do IPES/IBAD – Clima de crise e atmosfera de inquietação política. O maior êxito foi de promover a intervenção das Forças Armadas contra o “caos, a corrupção populista e a ameaça comunista”. 
O Golpe de 31 de março de 64
O complexo IPES/IBAD estava no centro dos acontecimentos, como a ligação e organizador do movimento civil-militar dando apoio material e preparando o clima para intervenção militar. O que aconteceu em 31 de março não foi um mero golpe militar, mas um movimento civil-militar. O complexo IPES/IBAD e os oficiais da ESG organizaram a tomada do aparelho do Estado e estabeleceram uma nova relação de forças políticas no poder.

Homens-chave dos grandes empreendimentos industriais, financeiros e dos interesses multinacionais acumularam vários postos na nova administração. A maioria dos empresários que ocupava cargos-chave estava envolvida em atividades comerciais privadas, relacionadas de perto com suas funções públicas. (pág. 481)

“Os associados e colaboradores do IPES moldaram o sistema financeiro e controlaram os ministérios e principais órgãos de administração pública, permanecendo em cargos privilegiados durante o governo de Castello Branco, exercendo sua mediação no poder. Com um programa de governo que emergia da direita, os ativistas do IPES impuseram uma modernização da estrutura sócio-econômica e uma reformulação do aparelho do Estado que beneficiou as classes empresariais e os setores médios da sociedade em detrimento da massa”.


(Bibliografia) para entender o processo de luta armada no Brasil.
Saiba mais sobre a MPB durante a ditadura militar.

...Em 1932, vivia, o Brasil, sob o regime implantado pelo golpe de 1930. Neste ano, o país já enfrentara uma conturbada situação político-social, quando a oposição ao governo da República já vinha se movimentando desde as eleições de março --- vencida pelo candidato oficial, Júlio Prestes de Albuquerque --- conspirando, para promover o levante armado contra o governo. O estopim da revolta fora o assassinato de João Pessoa, governador da Paraíba, o qual fora candidato a vice-presidente na chapa de oposição, encabeçada por Getúlio Vargas. Pessoa foi morto a tiros, por João Duarte Dantas, por simples questões de seus familiares da Paraíba --- muito comuns, na região Nordeste, na época --- e sem qualquer motivo político, mas o fato foi, matreiramente , aproveitado pela oposição. A revolta ocorreria a 3 de outubro, partindo dos três Estados ligados pela Aliança Liberal : do Rio Grande do Sul, partiam as tropas do Exército e da Polícia, comandadas pelo tenente-coronel Góis Monteiro ; partindo da Paraíba, o capitão Juarez Távora conseguia dominar todos os Estados do Norte e do Nordeste; e, em Minas Gerais, eram dominados os focos fiéis ao governo federal e as tropas ameaçavam os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

FONTES:
DREIFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. Ação Política, Poder e Golpe de Classe, Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 1981. TRECHO DA REVISTA Leituras Da História ano 1 n 2 Editora Escala.ano 2007
Texto adaptado baseado no sitio: REVISTA DAS CONSPIRAÇÕES
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